Resumo: O Objetivo deste Grupo Temático é fomentar discussões e arregimentar estudos, teóricos e/ou empíricos, que versem sobre propostas pautadas nas aproximações e interfaces entre o fazer pedagógico, o científico e práticas extensionistas, estimulando a apresentação de experiências em andamento ou finalizadas. Desde a década de 1960, a indissociabilidade dessas atividades constitui-se tema de destaque a partir da organização dos movimentos estudantis, passando pela reorganização dos movimentos sociais dos anos de 1970. Como resultado da luta de professores, estudantes e setores progressistas da sociedade civil, a extensão foi incluída dentre as demais atividades-fim das universidades no artigo 207 da Constituição Federal de 1988. O PIBID, enquanto programa de formação inicial de professores, deve ser concebido de forma a incluir não apenas práticas pedagógicas, mas também reflexões teóricas que dialoguem com a pesquisa acadêmica e com as necessidades das comunidades atendidas, para assim alcançar de fato a extensão, que muitas vezes é vista erroneamente como uma atividade secundária em relação ao ensino e à pesquisa. São bem vindos trabalhos nas áreas da antropologia, sociologia e educação acerca do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Estágio curricular e Extensão Universitária, que apresentem os desafios enfrentados, problematizem e sistematizem as experiências desenvolvidas. Privilegiamos trabalhos que discutam os principais desafios enfrentados nas experiências de curricularização da extensão e de implementação desse preceito constitucional, como por exemplo: a dificuldade em integrar efetivamente ensino, pesquisa e extensão de maneira que cada um desses elementos complemente e fortaleça os outros; as experiências de levar a teoria para a prática, desenvolvendo projetos de pesquisa que respondam a demandas sociais concretas; dificuldades e problemas no envolvimento de alunos e professores em projetos de extensão como campo de pesquisa e de formação docente; violências e preconceitos enfrentados por bolsistas e pesquisadores em suas experiências de diálogo entre o conhecimento acadêmico e suas ações para fora da universidade.
Coordenadoras: Lana Claudia Macedo da Silva (Universidade do Estado do Pará), Rachel de Oliveira Abreu (UEPA), Daniela Tonelli Manica (Labjor / Unicamp)
17/09/2025 – Sessão 01
- Horário: 14:00 – 16:00
- Local: Mirante do Rio – Sala 202 (2o andar)
Jovens na ciência e as desigualdades sociais e ambientais (racismo ambiental) nos bairros periféricos de Belém do Pará – Euzalina da Silva Ferrão (SECRETARIA DO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DO PARÁ – SEDUC), Lana Claudia Macedo da Silva (Universidade do Estado do Pará), Amanda Christine da Costa Martins (UEPA), Karoline de Lukas Moreira Brito (UEPA)
O presente trabalho é resultado das ações desenvolvidas no currículo diversificado denominado Projeto Permanente por Afinidade – PPA, realizado com os alunos da EEEFM “Marechal Cordeiro de Farias” com tema “Iniciação Cientifica: jovens na ciência – desigualdade social e ambiental (Racismo Ambiental)”. Como processo metodológico houve uma formação voltada para abordagens sobre metodologia das Ciências Sociais, com leitura de textos sobre os clássicos das Ciências Sociais, a para inserção na Iniciação Cientifica, objetivo principal dessa formação. Em seguida, os alunos fizeram investigação científica, com aplicação de questionários com levantamento dos problemas enfrentados no dia a dia e posteriormente a elaboração de uma enquete com a pessoas da rua onde moram dos temas da água potável e do saneamento básico. Acrescentou-se demais problemas como o transporte coletivo, a coleta dos resíduos sólidos e a moradia. Houve a produção de um questionário com perguntas quantitativas e qualitativas para compreender o universo dos alunos da escola sobre o acesso as políticas públicas. A aplicação foi com sete turmas do Ensino Médio com o uso do Google Forms. O objetivo é investigar e discutir a desigualdade social e ambiental, fruto, principalmente, do racismo ambiental, que afeta muitos dos alunos. Como resultado tem-se a formulação do projeto de Iniciação Científica dos alunos para no segundo semestre ser desenvolvido por eles.
Ciência Indígena e Justiça Climática: transição energética na Amazônia – Danúsia Arantes Ferreira (FEEC Unicamp), Joao Guilherme Ito Cypriano (UNICAMP)
O projeto “Ciência Indígena e Justiça Climática: transição energética na Amazônia” promove o diálogo entre ciência dominante e saberes indígenas, integrando ancestralidade e conhecimento técnico-científico na formação superior de estudantes indígenas na Universidade Estadual de Campinas/Unicamp. Busca fortalecer ensino, pesquisa e extensão curricularizando práticas no território indígena na extensão do Rio Negro. A pesquisa aborda objetivos em atenção ao Bem Viver amazônico, ameaçado pela crise climática e a poluição causada pelo uso excessivo de combustíveis fosseis e busca promover a transição energética justa no Rio Negro. Adota a Metodologia da Ação Interdisciplinar (MAI) e investigação colaborativa com lideranças no território, visando conceber a governança local. O objetivo específico descrito neste resumo destaca a concepção e implementação da 1ª etapa do Centro de Aprendizagem Indígena para a Transição Energética Justa na sede da FOIRN, em São Gabriel da Cachoeira/AM. O resultado inclui a capacitação técnica de 30 indígenas no território, valoriza o aprendizado STEAM no estabelecimento com políticas públicas e epistemologias indígenas para promover justiça climática, inclusão social e autonomia energética nas comunidades amazônicas, além de alinhar-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reconhecer o protagonismo indígena na busca por soluções sustentáveis para a crise climática na Amazônia.com foco em energia solar fotovoltaica (on-grid e off-grid).
Palavras-chave: Ciência Indígena, Justiça Climática, Transição Energética Justa, Amazônia.
Ciência Indígena e Justiça Climática: transição energética na Amazônia – Arlindo Alemão Gregório (UNICAMP), Nalbert Alberto Barreto (IFCH)
O projeto “Ciência Indígena e Justiça Climática: transição energética na Amazônia” promove o diálogo entre ciência dominante e saberes indígenas, integrando ancestralidade e conhecimento técnico-científico na formação superior de estudantes indígenas na Universidade Estadual de Campinas/Unicamp. Busca fortalecer ensino, pesquisa e extensão curricularizando práticas no território indígena na extensão do Rio Negro. A pesquisa aborda objetivos em atenção ao Bem Viver amazônico, ameaçado pela crise climática e a poluição causada pelo uso excessivo de combustíveis fósseis e busca promover a transição energética justa no Rio Negro. Adota a Metodologia da Ação Interdisciplinar (MAI) e investigação colaborativa com lideranças no território, visando conceber a governança local. O objetivo específico descrito neste resumo destaca a concepção e implementação da 1ª etapa do Centro de Aprendizagem Indígena para a Transição Energética Justa na sede da FOIRN, em São Gabriel da Cachoeira/AM. O resultado inclui a capacitação técnica de 30 indígenas no território, valoriza o aprendizado STEAM no estabelecimento com políticas públicas e epistemologias indígenas para promover justiça climática, inclusão social e autonomia energética nas comunidades amazônicas, além de alinhar-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e reconhecer o protagonismo indígena na busca por soluções sustentáveis para a crise climática na Amazônia.com foco em energia solar fotovoltaica (on-grid e off-grid).
Palavras-chave: Ciência Indígena, Justiça Climática, Transição Energética Justa, Amazônia.
Design Anthropology como estratégia de intervenção CTS: correspondências entre antropologia da técnica, tecnologia de alimentos e a produção de açaí no Cerrado – André Gondim do Rego (IFB)
A presença da antropologia em diversos cursos superiores, inclusive de “ciência e tecnologia”, é crescente e suscita debates sobre seu caráter mais generalista ou aplicado. No campo da alimentação, talvez mais que em outros, uma formação alinhada com a abordagem CTS se faz essencial. Neste trabalho, tal abordagem se expressa através do Design Anthropology, uma estratégia interdisciplinar de proposição de soluções técnicas baseadas em demandas/experiências de usuários contextualizados, tal como é esperado em alguns tipos de ação extensionista. O objetivo deste trabalho é discutir uma experiência de formação de tecnólogos em alimentos considerando: I – sua familiarização, via disciplina, com a antropologia e, particularmente, com a antropologia da alimentação; II – a educação de sua atenção por meio de práticas de pesquisa baseadas na antropologia da técnica; e III – sua participação no desenho de soluções sociotécnicas para uma produção pioneira de açaí no Cerrado. Os dados provêm de observação participante, entrevistas e relatos de experiência envolvendo o autor, colegas professoras da área tecnológica, alunos e ex-alunos, além da produtora de açaí responsável pelo empreendimento em questão. Como resultado parcial, é possível indicar que a exposição ao conteúdo antropológico via disciplina é importante, mas não suficiente para o desenvolvimento de uma habilidade atencional à multidimensionalidade de caráter CTS relativa à produção de alimentos. Já o envolvimento com a pesquisa e, sobretudo, o desenho de soluções sociotécnicas parece cumprir melhor esse propósito.
Programa SoFiA: Extensão Popular e Divulgação Científica no Aglomerado Cabana do Pai Tomás (Belo Horizonte/MG) – Lívia Nascimento Pereira (Universidade Federal de Minas Gerais), Géssica de Souza Euzébio (FAPEMIG), Maria Fernanda de Castro (UFMG)
O Programa SoFiA é uma ação de extensão do CEFET-MG que promove a interação entre a instituição e o território do Aglomerado Cabana do Pai Tomás, por meio da valorização dos saberes populares e ancestrais e da construção coletiva do conhecimento. Fundamentado nos Estudos CTS, que compreendem ciência e tecnologia como produções sociais, o programa articula temáticas relacionadas à agroecologia, tecnologias sociais e extensão popular em uma abordagem interdisciplinar. Seu principal objetivo é consolidar os vínculos entre o CEFET-MG, escolas da educação básica e agentes comunitários, promovendo uma educação crítica e emancipatória. A metodologia adotada é colaborativa, baseada na pesquisa-ação e na escuta ativa da comunidade, sendo desenvolvida por meio de reuniões com escolas e moradores, planos de ação participativos, diagnósticos, oficinas, sequências didáticas e criações coletivas, como hortas e jardins agroecológicos, produções audiovisuais e textuais. A análise do processo evidencia o fortalecimento do diálogo entre saberes acadêmicos e populares, estimulando o protagonismo da comunidade e a formação contextualizada de docentes e discentes. Os resultados revelam o fortalecimento das redes de colaboração local, a resistência ao apagamento cultural no território e a produção de conhecimento comprometido com as demandas sociais e socioambientais. O SoFiA se destaca como um canal de articulação entre ciência, território e transformação social, com repercussões que estimulam novas experiências de educação e extensão popular. Palavras-chave: Estudos CTS; Educação; Agroecologia
18/09/2025 – Sessão 02
- Horário: 14:00 – 16:00
- Local: Mirante do Rio – Sala 202 (2o andar)
PROTAGONISMO POLÍTICO DE PARLAMENTARES NEGRAS: entre silenciamentos, transgressão e esperança – Lana Claudia Macedo da Silva (Universidade do Estado do Pará)
O artigo em tela objetiva analisar a trajetória sociopolítica de duas parlamentares negras paraenses compreendendo a intersecção entre os marcadores sociais de gênero, raça e classe e suas implicações sociopolíticas de acesso ao poder. Como metodologia adotou-se o enfoque qualitativo do tipo estudo de caso, por meio de entrevistas semiestruturadas. No Brasil, embora as mulheres sejam a maioria do eleitorado brasileiro (51%), sua presença em cargos eletivos ainda é reduzida, sobretudo em cargos de alto escalão estatal. A pesquisa na base de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que, embora o percentual de candidaturas femininas alcance o mínimo garantido em Lei, correspondente a 30%, poucas mulheres negras são eleitas. Assim, este estudo tem como alicerce diferentes estudiosas (Chimamanda, 2019; hooks, 2017; Davis, 2017; Ribeiro, 2017, Bento, 2022; Grada Kilomba, 2019; Miguel; Biroli, 2014) que salientam a importância de abordar a temática, contar a história das excluídas, das invisíveis, daquelas que se encontram à margem da sociedade. Para Kilomba (2019), a mulher preta é vista como o outro do outro, sem uma categoria de análise própria, é a antítese da branquitude e masculinidade. Para as interlocutoras a mulher na política sofre violência política total, caracterizada pelo gênero e raça, portanto, ser uma mulher negra parlamentar não significa acesso ao poder. Em suma, questionar e enfrentar essa opressão constitui uma forma de transgressão e resistência em direção a outros pactos civilizatórios.
Caminhos para ampliar a participação feminina na pesquisa científica – Maira da Conceição de Paula Guerra (UEPA), Danielly Marcelino Da Silva (UEPA)
O projeto “Meninas na escola, Mulheres na ciência” desenvolvido pela Universidade do Estado do Pará, com fomento do CNPq/MCTI/Ministério das Mulheres, é direcionado às estudantes do 2º e 3º ano do Ensino Médio da Escola Bosque Professor Eidorfe Moreira, localizada na Ilha de Caratateua (Outeiro), município de Belém. Tem como objetivo estimular o debate sobre o papel da mulher na sociedade e sua presença nas áreas das ciências exatas, naturais e engenharias, incentivando sua participação em espaços com pouca representatividade feminina. O projeto iniciou em dezembro de 2024, os primeiros meses foram de formação e capacitação da equipe. Em março de 2025, houve a apresentação oficial com a atividade “Mulheres na Ciência: trajetórias e representatividades”, com palestras, dança e poesia, abordando a contribuição das mulheres na produção científica. O projeto ocorre semanalmente e busca estimular a participação feminina na pesquisa científica por meio de aulas, conferências, eventos. Em maio, houve a preparação das estudantes para a prova de Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). Ademais, foi elaborada uma retrospectiva crítica das COPS, por meio de uma exposição que evidenciou o protagonismo feminino. A redução da desigualdade de gênero é uma meta de organismos nacionais e internacionais que monitoram e incentivam o desenvolvimento social. Encorajar a presença feminina na ciência contribui para construir uma sociedade mais equitativa e inclusiva, estimulando o pensamento crítico e o protagonismo das mulheres na área acadêmica.
MULHERES NA GESTÃO UNIVERSITÁRIA: Estudo de Caso em uma universidade pública na Amazônia – Ellen Nascimento Leal (UEPA), Elizete Pinheiro Lima (UEPA), Lana Claudia Macedo da Silva (Universidade do Estado do Pará)
O resumo em tela trata de uma pesquisa PIBIC/CNPq em andamento. Tem como objetivo analisar os desafios que mulheres gestoras enfrentam no exercício do cargo em uma universidade pública na Amazônia. O estudo parte de uma perspectiva feminista sustentado por autoras como: Federici (2017), Scott (1995) e Saffioti (2015). A metodologia aplicada é de caráter qualitativa com enfoque no materialismo histórico-dialético, como tipo de pesquisa adotou-se o estudo de caso, tendo como instrumento a entrevista semiestruturada, sendo selecionadas três gestoras. Os resultados revelam que todas as interlocutoras vivenciaram situações de discriminação de gênero como a frase a seguir: “por eu ser mulher muitas vezes eu passo por isso, essa misoginia, e a pessoa nem percebe é tão natural”. Ademais, outros elementos aparecem em seus discursos: a necessidade de aceitação externa; o dever contínuo de provar competência; as dificuldades em ter suas ideias respeitadas; e ainda, suas deliberações constantemente questionadas. Sobre a vida pessoal e familiar, todas destacam a falta de tempo para família como um dos maiores desafios. Assim, nota-se que ainda há uma persistente discriminação de gênero no ambiente profissional. Em face disso, acredita-se que este estudo possa servir de embasamento para expor e problematizar a temática no meio acadêmico, de maneira a contribuir para a conscientização e revisão de postura da comunidade quanto ao problema apresentado.
Palavras-chave: Mulheres na gestão universitária. Universidade pública. Estudo de Caso.
Reflexões sobre o Amor e a Violência: Uma abordagem crítica através da música e do ensino no PIBID Ciências Sociais – Kennend Feliph de Souza Lima (UEPA), Amanda Aylla Nunes Cordeiro (UEPA), Sheila Marciana Correa da Silva (UEPA), Henrique Carmo Moreira (UEPA), Zilma de Nazaré Oliveira (IRMÃ CARLA GIUSANI)
A proposta do estudo surgiu a partir de discussões entre os bolsistas do programa PIBID Ciências Sociais – Sociologia com Arte, da Universidade do Estado do Pará, campus XI, sobre como as emoções regulam a ordem social. O objetivo foi promover um espaço de reflexão crítica sobre os diferentes tipos de amor e práticas de violência, que, frequentemente, afetam, principalmente, as mulheres, e que são justificadas por seus parceiros sob a justificativa do amor. Esta abordagem buscou sensibilizar os estudantes da Escola de Ensino Médio Irmã Carla Giussani, localizada no município de São Miguel do Guamá/PA, sobre como o amor pode ser interpretado de diversas formas e como, em certos contextos, suas expressões podem contribuir para ciclos de violência na formação e convivência de famílias brasileiras. A aplicabilidade do estudo utilizou como metodologia composições da música popular brasileira e videoclipes para explorar as diferentes linguagens do amor, sentidos e significados. O programa PIBID a partir da formação docente constrói o senso crítico de bolsistas e de alunos na escola campo, sensibilizando-os para a compreensão das dinâmicas culturais e sociais, O projeto contribui para a construção de um ambiente escolar mais consciente e reflexivo na sociedade brasileira.
Palavras-chave: Amor; Violência, Cultura; PIBID.
Cinema, Gênero e Transformação Social O Impacto do Projeto Cine UEPA na Educação e na Extensão Universitária – Rachel de Oliveira Abreu (UEPA), Amanda Aylla Nunes Cordeiro (UEPA)
O projeto Cine UEPA, financiado pela PROEX-UEPA promoveu o entendimento e a reflexão sobre questões de gênero, como masculinidade, feminismo, sexualidade e identidade de gênero, por meio do cinema. Utilizar o cinema como ferramenta educativa e cultural favoreceu a extensão acadêmica ao promover uma conexão dinâmica e acessível entre a universidade e a sociedade. Essa abordagem permitiu que estudantes, professores e a comunidade em geral tivessem contato com diferentes realidades, culturas, histórias e questões sociais por meio de filmes, documentários e debates relacionados às obras cinematográficas. O objetivo principal foi aproximar a comunidade local do público acadêmico, despertando interesse pelo ensino superior e pela importância da ciência na melhoria da qualidade de vida, utilizando o cinema como ferramenta educativa e cultural. Como resultados esperados, o Cine UEPA estimulou a reflexão crítica, ampliou a percepção social e desenvolveu metodologias de ensino baseadas na análise fílmica, fortalecendo a formação de discentes e docentes nas Ciências Sociais e áreas afins. Ao incorporar o cinema na extensão acadêmica, foi possível estimular o pensamento crítico, a reflexão e a discussão de temas relevantes, além de promover a inclusão de diferentes públicos no processo de aprendizagem. Essa estratégia também valorizou a diversidade cultural, ampliando o repertório dos participantes e fortalecendo o papel da universidade como agente de transformação social.
Palavras chaves: Educação; Cinema; Gênero, Extensão, PROEX.
19/09/2025 – Sessão 03
- Horário: 13:30 – 15:30
- Local: Mirante do Rio – Sala 202 (2o andar)
Contribuições do PIBID para prática docente – Raquel Alves da Silva (UFPA)
A experiência no pibid inclui não somente a oportunidade de vivenciar a prática docente,mas também de experimentar conhecimento sobre alguns campos do saber que são domínio da História como: didática, metodologia, prática docente, saber escolar, historiografia escolar, dentre outros. Assim, posso afirmar que o PIBID proporcionou um suporte teórico que possibilitou que, durante os três anos que participei do projeto, fosse possível refletir sobre métodos e práticas e pensar estratégias didáticas que respondessem aos problemas que comumente os professores se separam para concretização da prática docente. O período como bolsista do PIBID, foi possível desenvolver estratégias de ensino e prática didático pedagógico com vistas a instrumentalizar o processo de ensino aprendizagem. Nesta proposta de comunicação, irei apresentar os resultados de sub- projetos “passeando pela (Históri) cidade”; A modernidade e urbanização na Belém da Bella Époque, Aprendendo um pouquinho mais mais. A casa como lugar de estudo, ambos desenvolvidos com os alunos da disciplina Estudo Amazônicos , do ensino fundamental II, em duas escolas de Belém entre os anos de 2010 a 2012 e 2014 a 2015. Neste trabalho dialogamos com Monteiro ( 2007), em sua pesquisa sobre os saberes que os professores de História acionam para desenvolver a prática docente; Paim( 2011), no qual tece uma discussão sobre a formação do professor como processo contínuo; Lopes( 2007), Saber escolar.
A Instituição Familiar como reflexo das múltiplas realidades sociais no âmbito do PIBID – Jemerson da Silva Bezerra (UEPA), Ana Luiza Cavalcante Silva (UEPA), Angela Marcilene Leite de Moura (UEPA), Israeli Oliveira Peniche (UEPA), Rachel de Oliveira Abreu (UEPA)
Este projeto nasce do Programa PIBID Ciências Sociais-Sociologia com Arte, da Universidade do Estado do Pará, Campus XI para discutir de que forma as configurações de familiar influenciam na formação social e cultural dos estudantes da Escola de Ensino Médio Irmã Carla Giussani, localizada na cidade de São Miguel do Guamá-Pará, no nordeste paraense. O objetivo foi apresentar a diversidade de configurações de família, promovendo o entendimento e o respeito à diversidade familiar, reconhecendo que a sociedade é composta por diversidades. A escolha metodológica para trabalhar a temática foi o uso de teatralização, com a encenação dos diversos modelos familiares e conflitos gerados pelas diferenças, utilizando linguagem impactante para provocar nos alunos a reflexão sobre o impacto de suas palavras e ações no outro, evidenciando os discursos, preconceitos e conflitos culturais. A atividade buscou sensibilizar os estudantes sobre o poder das falas preconceituosas, que podem ferir e prejudicar a construção de uma sociedade mais inclusiva e saudável. Os projetos de ação PIBID tem promovido debates para desenvolver a criticidade dos alunos, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e respeitosos frente à diversidade social e configurações familiares.
Palavras-chave: Configurações familiares; Diversidade; PIBID.
Olhares sociológicas sobre Carajás: Relato de experiência de aulas de campo na Floresta Nacional de Carajás, Parauapebas/PA. – Thaize Bianca Figueiredo de Souza (UNIFESSPA), Tiese Rodrigues Teixeira Jr (UFPA)
O presente trabalho pretende demonstrar a importância e indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. Para a produção de sujeitos conhecedores, Sá (2000), é necessário fabular, estimular a produção do conhecimento, a partir dos estímulos da realidade social que os cercam. Para isso, diante da oportunidade de conhecer um dos maiores pólos de mineração do mundo, localizado em Parauapebas/PA, este estudo se propôs a apresentar conteúdos da Sociologia que pudessem auxiliar os educandos no processo de produção do conhecimento. Em um primeiro momento as aulas expositivas tinham como objetivo ressignificar a visão que os educandos tinham de Amazônia, para ir além da visão de lugar exótico e inexplorado, Castro (2012) fazendo-os compreender a multiplicidade de contextos presentes e mutáveis que podem ser encontrados. Por conseguinte, os educandos foram levados, em uma primeira visita em maio de 2024 e, mais tarde em agosto do mesmo ano a algumas áreas de exploração instaladas na Floresta Nacional de Carajás e, incentivados a produzir um seminário para apresentar em escolas de ensino médio. Por fim, conclui-se que a sociologia possibilita uma abordagem que permite a compreensão das transformações e intervenções humanas provocadas no meio ambiente, fortalece o ensino das ciências, o vínculo com a escola, a valorização de identidades amazônicas, incentivando o protagonismo, consciência crítica e socioambiental.
PIBID Sociologia e Arte Interdisciplinaridade e autonomia na Amazônia – Zilma de Nazaré Oliveira (IRMÃ CARLA GIUSANI), Rachel de Oliveira Abreu (UEPA)
O projeto PIBID Ciências Sociais-UEPA Sociologia com Arte, é realizado na Escola de Ensino Médio Irmã Carla Giussani, no município de São Miguel do Guamá/PA, promove a integração entre sociologia e arte, buscando ampliar a formação dos estudantes, estimulando o pensamento crítico, autonomia, a criatividade e a compreensão da realidade social. A parceria entre essas áreas enriquece o aprendizado, permitindo abordagens inovadoras e reflexivas, além de criar oportunidades práticas de aplicação do conhecimento. Programa PIBID como projeto de formação docente envolve os alunos do ensino médio, com o objetivo de mostrar como a sociologia pode ser trabalhada de forma lúdica e artística. Essa abordagem favorece a expressão social, denuncia injustiças e promove debates sobre temas relevantes, usando obras de arte e recursos culturais como ferramentas de análise. A relação entre sociologia e arte é intrínseca, pois ambas buscam compreender e interpretar a sociedade, contribuindo para uma visão mais crítica e plural. Assim, o projeto fortalece o curso de Ciências Sociais, promove a participação ativa dos estudantes e da comunidade, fortalecendo a extensão, além de valorizar a importância da interdisciplinaridade na formação acadêmica e social.
Palavras-chave: Sociologia; Artes; Interdisciplinaridade; PIBID.
Implementação de Práticas Sustentáveis em Escola da Amazônia: Desafios, Inovações e Engajamento Comunitário – Gessica da Silva e Silva (UFPA)
Este trabalho apresenta uma experiência de planejamento, execução e monitoramento de ações socioambientais em uma escola pública localizada na região amazônica, entre setembro de 2021 e julho de 2023. A iniciativa buscou integrar práticas de educação ambiental ao currículo escolar, com ênfase na sensibilização sobre gestão de resíduos sólidos e economia circular, articulando teoria e prática. A metodologia incluiu oficinas, encontros formativos e construção participativa de soluções sustentáveis, enfrentando desafios como escassez de recursos materiais e humanos, ausência de infraestrutura adequada e resistência inicial da comunidade escolar. Como resposta, foram adotadas estratégias criativas, como a reutilização de garrafões para coleta seletiva, uso de paletes em baias de armazenamento e recuperação de canteiros para práticas de compostagem. A partir da mobilização e sensibilização da comunidade escolar, houve engajamento progressivo de docentes, discentes e demais setores, possibilitando a implementação de ações contínuas. Os resultados apontam que, mesmo em contextos de vulnerabilidade, é possível promover inovação pedagógica e fortalecimento do protagonismo estudantil. Conclui-se que a adoção de abordagens integradoras e participativas potencializa a formação cidadã e a difusão de práticas sustentáveis, contribuindo para o enfrentamento dos desafios socioambientais na Amazônia.
A Indissociabilidade Ensino-Pesquisa-Eextensão na Formação Docente: Reflexões a Partir do PIBID Ciências Sociais na Escola de Aplicação da UFPA – Evelyn Caroline Cunha de Souza (UFPA), Nathalia do Socorro Ferreira Marques (UFPA), Tamires Ferreira da Silva (IFCH), Claudia Lorena Mendes dos santos (UFPA)
A formação docente contemporânea exige a integração de teoria, prática, pesquisa e intervenção. O PIBID, estabelecido pelo Decreto nº 7.219/2010 (BRAASIL, 2010), é crucial nesse processo, imergindo licenciados nas realidade escolar e promovendo a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Na Amazônia, o contexto socioambiental acentua a necessidade de docentes críticos e atuantes. O objetivo deste estudo consiste em analisar a contribuição do programa para a formação da identidade docente, o desenvolvimento de competências críticas e o fomento de práticas inovadoras, bem como identificar desafios na integração ensino-pesquisa-extensão e a compreensão do papel do PIBID como espaço de diálogo frente aos desafios amazônicos. Evidências preliminares, baseadas nos relatos dos bolsistas, revelam que o PIBID tem impacto significativo na construção da identidade profissional e no desenvolvimento de competências críticas, reflexivas e interativas. A vivência direta com os desafios da escola pública proporciona uma compreensão prática da docência e se manifesta como fator motivador para a escolha profissional. Em suma, o PIBID Ciências Sociais na UFPA é um potente impulsionador da formação inicial docente, reforçando a indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão. A experiência com os desafios sociais amazônicos e a articulação entre os pilares do programa contribuem para a construção de uma identidade docente crítica, reflexiva e engajada, aprimorando a educação básica e fortalecendo a relação universidade-escola.